sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Principais Doenças nas Aves


Inúmeras são as doenças que podem afetar as aves com maior ou menor intensidade, podendo ocasionar consideráveis perdas quando não mantidas sobre controle. Algumas delas, como a newcastle, coccidiose, e a cólera aviária, causam grandes prejuízos, podendo acabar com o plantel.

O avicultor deve evitar ao máximo a presença de microrganismos no plantel, através de um bom manejo com higiene, desinfecção dos galinheiros e equipamentos.
Para tornar mais fácil por parte do criador o conhecimento das principais doenças que afetam as aves, descrevem-se a seguir as informações sobre nomes, espécies acometidas, transmissores das doenças, sintomas, prevenção e tratamento, bem como o conhecimento e controle dos principais parasitas internos e externos.


-CÓLERA AVIÁRIA

É uma enfermidade contagiosa, amplamente disseminada na região, que acomete aves domésticas: galinhas, patos, perus, marrecos, gansos, angolas, enfim todas as aves de quintal e de criação industrial e silvestre. Ela geralmente ocorre em surtos que se instala subitamente, produzindo alta morbidade (várias aves adoecem) e alta mortalidade, chegando a 90%, mas, também, ocorrem infecções crônicas e sem sintomas. É causada pela bactéria Pasteurella multocida.

Nos lugares em que aparecem uma vez, costuma reaparecer anualmente, a não ser que se tomem as medidas adequadas de combate.

Transmissão

Muitas vezes se processa por meio de moscas, parasitas aviários, pássaros ou pombos. A bactéria se dissemina através da contaminação da água e alimentos.

Sintomas

A cólera costuma aparecer de maneira explosiva, matando subitamente algumas aves. O criador freqüentemente refere que a ave estava boa ao ir para o poleiro e amanheceu morta no dia seguinte; ou, então, que ela estava esperta e de repente deu uns pulos para o ar e morreu logo. As aves doentes apresentam:

a) abatimento e febre;
b) cristas e barbelas edemaciadas (inchadas) e cianóticas (azuladas);
c) boca cheia de baba espessa (gosma);
d) diarréia verde amarelada abundante;
e) penas insufladas (eriçadas);
f) aumento da freqüência respiratória;
g) base dos pés e joelhos quentes e edemaciados;
h) fígado descolorido, lembrando fígado cozido;


Prevenção

a) bom manejo;
b) higiene e desinfecção dos aviários com soda cáustica 0,5% ou creosol a 1%;
c) queimar e enterrar as aves mortas;
d) vacinar todas as aves da criação;


Tratamento

Pode ser feito com medicamento a base de sulfas ou antibióticos, cujo efeito ainda não foi comprovado, e o alto custo inviabiliza o tratamento, a não ser em plantéis de alto valor zootécnico. Consulte o Médico Veterinário.
A melhor forma de prevenir é através da vacinação de todo o plantel com a vacina viva, com orientação do Médico Veterinário.
Deve-se ter cuidado com as aves portadoras da cólera, aparentemente sãs, quando introduzidas em lote saudável, passa a doenças às aves, que adoecem e na maioria morrem, sobrando algumas que ficam também portadoras.


-BOUBA AVIÁRIA

É uma das enfermidades mais comuns nas aves. Causada por um vírus de disseminação relativamente lenta que acomete galinhas e perus, caracterizada por produzir nódulos na pele. A bouba ocorre com mais freqüência nas épocas quentes e chuvosas, principalmente em locais próximos a águas paradas, devido muitos mosquitos serem transmissores da doença. É vulgarmente conhecida por pipoca ou caroço.

Sintomas
As lesões na pele geralmente se localizam somente na região da cabeça e região superior do pescoço, podendo ocorrer lesões generalizadas por todo o corpo da ave.
As aves doentes apresentam:
a) febre;
b) tristeza e penas arrepiadas;
c) nódulos (pipocas ou verrugas) na crista, barbelas, cabeças, pernas e pés;

d) lesões ao redor das narinas, que podem produzir descarga nasal (catarro);
e) lesões sobre as pálpebras que podem produzir algumas vezes lacrimejamento e, eventualmente, perda da visão;
f) placas e bolhas na boca;


Prevenção

a) vacinação, com vacina vírus vivo;
b) desinfecção dos galinheiros;
c) drenar poças de água estagnada;
d) combater os vetores (mosquitos);


Tratamento

Não existe. Pode-se administrar vitamina A para recuperação dos epitélios. Na dúvida, procure orientação do Médico veterinário.

-CORIZA INFECCIOSA

É uma enfermidade aguda e crônica de distribuição mundial, que se caracteriza por corrimento nasal, espirros e edema (inchaço) da face baixa dos olhos. A doença está presente em criação de fundo de quintal, de aves exóticas e industriais. É causada pela bactéria Haemophilus gallinarum. É comum aparecer em lugares úmidos e batidos de ventos frios, assim como em abrigos mal construídos.

Transmissão

Ocorre pelo contato direto por aerossóis em suspensão no ar de aves enfermas e pela contaminação da água e alimentos, principalmente na época de estações chuvosas.

Sintomas

a) anorexia (perda do apetite);
b) espirros, tosse e dificuldade na respiração:
c) congestão das vias respiratórias;
d) descarga nasal serosa, que logo torna-se purulenta (com pus);
e) edema (inchaço) na face e barbelas;
f) perda de peso;
g) morbidade alta (várias aves adoecem);
h) a mortalidade pode ser elevada.


Prevenção

a) higiene das instalações;
b) isolamento;
c) lotes da mesma idade;
d) vacinação do plantel;
e) remover as aves com face inchada, pois se tornarão portadoras da doença.


Tratamento

A base de antibióticos, sulfas e estimuladores do apetite. Na dúvida, consulte o Médico Veterinário.

-NEWCASTLE

É uma enfermidade viral de disseminação rápida e fatal, que produz sintomas respiratórios, em geral acompanhados por manifestações nervosas, diarréias e edema (inchaço) da cabeça. A mortalidade pode variar de 0 a 100% da criação.

Transmissão

Ocorre pelo contato direto com aves enfermas, através de descargas nasais (espirros), nas fezes, nos ovos postos durante a fase clínica, carcaças durante uma infecção aguda ou morte, ingestão de água e alimentos contaminados com o vírus.

Sintomas
a) queda no consumo de ração e água;
b) as aves se amontoam próximo da fonte de calor;
c) espirros, respiração ofegante (cansaço) e estertores na traquéia (ronco);
d) sinais nervosos: asas caídas e tremores;
e) pernas distendidas;
f) torção da cabeça e pescoço;
g) andar em círculo e de costas (principalmente após beberem água);
h) paralisia completa;

i) diminuição parcial ou total da produção de ovos;
j) ovos de cor, forma ou superfície anormais.


Prevenção

a) vacinação de toda a criação;
b) desinfecção dos aviários;
c) evitar visitas, caixas e equipamentos de outras granjas;
d) manter lotes com a mesma idade;
e) aves mortas devem ser queimadas e enterradas.


Tratamento

Não existe tratamento para a enfermidade.

-MAREK

É uma enfermidade viral altamente contagiosa, das mais disseminadas entre as criações, identificadas nos planteis de galinhas do mundo inteiro. É mais freqüente em criações industriais. Causa sérios prejuízos econômicos pela mortalidade elevada nos lotes não vacinados.

Transmissão

A doença se transmite facilmente entre as galinhas, através da descamação e penas das aves infectadas e pela saliva.

Sintomas

a) muitos frangos morrem sem apresentar sintomas característicos;
b) paralisia das pernas ou asas;
c) lesões no nervo ciático;
d) tumores no fígado, rins, ovários, baço e pulmões.


Prevenção

a) vacinação ao primeiro dia de idade, que protege as aves durante toda a vida;
b) adquirir pintos já vacinados contra a doença;
c) manejo adequado e higiene das instalações.


Tratamento

Não existe tratamento para esta enfermidade.

-PULOROSE (DIARRÉIA BRANCA)

É uma enfermidade que ataca os pintos novos, ocasionalmente galinhas adultas, causando alta mortalidade. É causada pela bactéria Salmonella pullorum.

Transmissão

Ocorre principalmente pelas matrizes portadoras, através dos ovos ou incubadoras contaminadas. Geralmente produz mortalidade durante os primeiros dias de vida e prossegue até duas a três semanas de idade.

Sintomas

a) tristeza, respiração dificultada e arrepiamento das pernas;
b) pintos doentes se amontoam com frio, asas caídas, cabeça pesada, sonolência e falta de apetite;
c) fezes esbranquiçadas aderidas ao redor da cloaca;
d) crescimento retardado;
e) artrite nos joelhos pode ser observada;
f) aves adultas não apresentam sintomas externos visíveis da doença.


Prevenção

a) testes rotineiros das matrizes para se estabelecer um lote livre da infecção;
b) higiene e desinfecção dos galinheiros;
c) manter lotes da mesma idade, principalmente durante as primeiras semanas de vida;
d) eliminação das aves portadoras da doença (matrizes e pintinhos), os quais devem ser queimados e enterrados.




Tratamento

Antibióticos de largo espectro são efetivos na redução da mortalidade, porém os custos são elevados.
A melhor maneira de combater a doença é a prevenção. Na dúvida, consulte o Médico Veterinário.


-COCCIDIOSE

É uma enfermidade causada por um coccídio ou eiméria (protozoário), que ataca e destrói as células que compõem as paredes do aparelho digestivo. Existem várias espécies que se diferenciam pela região que se localizam no intestino. Apresenta caráter mais sério em pintos de duas a seis semanas, produzindo grande mortalidade. Acomete galinhas, perus, gansos e outras aves.

Transmissão

Ocorre de ave para ave, através da ingestão de alimentos e água contaminados, cama de aviário ou qualquer outro material que contenha os coccídios.

Sintomas

a) tristeza, perda de peso e apetite;
b) diarréia escura ou sanguinolenta;
c) anemia e palidez;
d) asas caídas e posição característica de pingüim;
e) as aves tendem a aglomerar-se;
f) morbidade elevada (várias aves adoecem);
g) mortalidade súbita e alta (algumas espécies de coccídios).


Prevenção

a) manter a cama do aviário sem umidade;
b) desinfetar paredes e pisos com produtos à base de amônia quaternária;
c) usar na ração coccidiostáticos;
d) queimar e enterrar as aves mortas;
e) não superlotar os abrigos.


Tratamento

Com medicamentos à base de sulfas, vitaminas A e K, sob a orientação do Médico Veterinário.

-DOENÇAS DE GUMBORO

É uma enfermidade viral que acomete aves jovens, de caráter agudo e altamente contagiosa. Ocorre no mundo inteiro causando mortalidade em aves de três a sete semanas de idade.

Transmissão

O vírus é eliminado nas fezes e transportado de galpão para galpão pelos bebedouros, comedouros, campânulas e pessoal que maneja os galpões.

Sintomas

a) falta de apetite
b) diarréia acentuada;
c) depressão;
d) desidratação;
e) desuniformidade no plantel;
f) alta mortalidade.


Prevenção

a) desinfecção dos aviários;
b) desinfecção dos bebedouros, comedouros e campânulas;
c) uso de pedilúvio na entrada dos galpões;
d) vacinação do plantel.


Tratamento
Não existe tratamento para esta enfermidade. Na dúvida, consulte o Médico Veterinário.


-ASPERGILOSE

É uma enfermidade causada por fungo do gênero Aspergillus, que acomete geralmente o sistema respiratório, globo ocular e tecido subcutâneo das galinhas, perus e, com menos freqüência, patos e gansos. A doença é mais comum em aves jovens com 7 a 40 dias de idade.

Transmissão

Nos pintinhos e peruzinhos, através da inalação de esporos dos fungos presente nas incubadoras contaminadas. Nas aves adultas a infecção é produzida pela inalação de esporos dos fungos da ração ou cama contaminada.


Sintomas

a) dificuldade respiratória;
b) perda do apetite;
c) sede;
d) sonolência, palidez e perda de peso;
e) lacrimejamento;
f) conjutivite com secreção purulenta, com aspecto de queijo;
g) cegueira uni ou bilateral;
h) pode causar grande mortalidade em aves jovens com 7 a 40 dias de idade, chegando de 5% a 50% do plantel.


Prevenção

a) desinfecção das incubadoras;
b) não utilizar cama mofada; trocá-la rotineiramente;
c) evitar o excesso de umidade;
d)não fornecer ração mofada às aves;
e) eliminar as aves afetadas.


Tratamento

Não existe tratamento curativo.

Desinfetar galpões com sulfato de cobre a 2% (uma parte de sulfato de cobre e 98 partes de água) ou medicamento específico.

-CONTROLE DE ENDOPARASITAS (VERMES)

As verminoses constituem sério problema em criações onde os cuidados com higiene não são obedecidos, causando perda de peso, transmissão de doença e mortalidade das aves, além de prejuízos aos criadores. Dentre os vermes mais importantes têm-se:

a) Singamose: vulgarmente conhecida como gogo, é produzida por um verme chamado Syngamus trechea, que se localiza dentro da traquéia das aves. Os pintos com 6 a 8 semanas de idade são os que mais sofrem com a verminose. Os pintos respiram com dificuldade e com asas caídas; sufocação com roncos característicos; abrem o bico aflitamente e sacodem a cabeça. A mortalidade pode ser alta se as aves não forem tratadas.

b) Ascaridiose: é a mais freqüente verminose das aves. É também conhecida como verme redondo ou lombriga devido sua forma. São sintomas a falta de apetite, tristeza, retardo no crescimento, diarréia líquida e a ave fica vulnerável a outras doenças.

c) Capilariose e Heteraquiose: são responsáveis por processos irritativos, trazendo graves distúrbios no aparelho digestório.

Medidas de controle das verminoses: boa higiene e desinfecção rigorosa das instalações e equipamentos; evitar excesso de umidade; não superlotar os abrigos; evitar a contaminação de água e alimentos; realizar exames de fezes periodicamente no plantel e usar vermífugos específicos para cada espécie de verme, de acordo com a orientação do Médico veterinário.

CONTROLE DE ECTOPARASITAS (PIOLHOS E ÁCAROS)

Os ectoparasitas são responsáveis por significativas perdas nas criações de aves, pois a incidência desses agentes, além da ação espoliante e irritativas, também atua como transmissores de doenças.
Entre os vários ectoparasitas que afetam as aves têm-se:


a) Piolhos, de hábito noturno, e que atacam as aves para sugar o sangue. Provocam grandes irritações e são responsáveis pela diminuição na postura, perda de peso, anemia e até mesmo ocasionam a morte por debilidade geral nas aves.

b) Carrapatos, que são transmissores de doenças, também de hábito noturno e se alimentam de sangue. Provocam irritação, anemia e morte das aves.
c) Ácaros, que são carrapatos menores causadores das sarnas nas aves. Quando atacadas, desenvolvem a formação de crostas de cor branco acinzentado e bastante aderente. Provoca coceira, irritação e quando ataca a base das penas, estas caem, deixando nuas grandes áreas do corpo da ave.

As medidas de controle dos ectoparasitas consistem na adoção de práticas de rotina, como: aplicação de inseticidas específicos nas aves; instalações (principalmente entre as frestas de madeira e poleiros, onde normalmente é o habitat dos parasitas); manter boa higiene nos aviários; isolamento das aves suspeitas e bom manejo. Na dúvida, consulte um Médico Veterinário.

Dicas para a sua criação


DICAS DE CRIAÇÃO

Obviamente, não se pretende aqui fazer uma preleção aos galistas adiantados que, justamente por usarem tecnologias modernas como chocadeiras e criadeiras, rotinas de vacinação e manejo correto além de manterem uma higiene impecável em suas instalações, estão perfeitamente entrosados com os modernos métodos de avicultura. Mesmo porque as diferenças entre as condições econômicas muitas vezes determinam o futuro de um plantel.

O importante não é criar em quantidade mas com qualidade e respeito a seus "criolinhos". Se não se puder possuir 2.000 galos em ótimas condições, procuremos ter apenas o número  a que possamos realmente dispensar os melhores cuidados possíveis.

Existem fundamentos que são indispensáveis em qualquer criação:

1- Excelência dos REPRODUTORES: sem um banco genético de primeira linha fica difícil o sucesso, principalmente quando se trata de raças esportivas, cuja pureza de sangue é fundamental. Nem sempre é necessário adquirir-se um campeão. O importante é ser  a procedência de criadores idôneos e que têm participação ativas em exposições de alto nível . Devem apresentar saúde em perfeito estado e reconhecida "fibra".

2- HIGIENE: Um dos fatores mais importantes a começar pelos ninhos das galinhas que estão chocando . Não aproveite ninhos velhos e sempre faça uma desinfecção geral após cada chocada. É comum não se notar os "carrapatinhos" no ninho porque êles vivem entre as penas da galinha e as penugens dos pintinhos. Quando  são notados em movimento pelo ninho ou poleiros é porque o negócio já saiu de controle! Já virou praga de difícil controle e de efeitos devastadores. Apesar de existirem muitos produtos para controle e erradicação desses parasitas (butametrina, deltametrina,etc) é bem melhor prevenir, evitando-se assim o "stress" das aves e do criador!

As fezes e a umidade produzem amônia que intoxica as aves. Não deixe nunca acumular porque também quando fermentam, geram calor e chocam ovos de parasitas que estão sempre à espreita além do que são focos ideais para proliferação de micro organismos patogênicos.

3- VACINAÇÃO: O ideal é vacinar as ninhadas nos primeiros 7 dias contra a BOUBA e DOENÇA DE NEWCASTLE que são as mais comuns em nosso meio Existem vacinas para outras doenças como MAREK, CORIZA, ENCEFALITE, CÓLERA, mas nem sempre são encontradas nas doses para pequenos criadores. Com exceção da Doença de MAREK, as outras podem ser evitadas com higiene e quarentena dos novos hóspedes e "viajantes".

4- ALIMENTAÇÃO:Fator importantíssimo: Aves combatentes descendem do  "Archeopterix"cujo bico era provido de dentes o que demonstra serem carnívoros os ancestrais de nossos galos, daí não podermos esquecer o fator protéico das rações. Existem várias marcas no mercado para pintos (INICIAL), mas devemos complementar com grãos , cereais, sementes e verduras. Uma boa opção de proteína é o ôvo cozido misturado à ração inicial. Opções de sementes e grãos: trigo, centeio, alpiste, aveia sem casca, etc... Verduras: couve ou almeirão picados bem fininho.

A ÁGUA deve ser trocada diàriamente ou quando apresentar qualquer sujidade. Podemos acrescentar à água o VITAGOLD que é muito bom. Com estas poucas providências você verá os pintinhos se desenvolverem como futuros campeões nas exposições!!

5- CALOR: Nos primeiros 15dias o calor é importantíssimo. Se a galinha mãe for daquelas irrequietas, providencie uma lâmpada na criadeira (60W). O ideal é manter os pintos presos pelo menos 21 dias que é o tempo das vacinas agirem e criarem os anticorpos.* DICA: após os 15 dias, lixe as pontas dos biquinhos porque êles não vão avisar quando vão se "estranhar"e se estiverem com os bicos cegos o estrago é bem menor e contornável.

6- ESPAÇO: Lògicamente, quanto mais espaço eles puderem ter a partir de 30 dias de vida melhor. Antes de soltá-los para andar é bom repetir as vacinas por precaução. Aos 45 dias é bom colocar um vermífugo na água  para prevenir infestações, principalmente se o ambiente for de terra e vegetação. Normalmente, passada aquela fase dos 15 aos 30 dias êles esquecem um pouco as brigas e se ocupam mais das novidades do terreiro mas não confie: dia de chuva fique alerta! Êles se molham e não se reconhecem e aí o pau quebra mesmo. Se não tiver quem separe é prejuízo na certa. PIQUETES: se tiver espaço disponível, separe os machos das fêmeas pois elas provocam a maioria das brigas nessa fase e também fica mais fácil para administrar uma alimentação mais adequada aos futuros campeões.

Normalmente, os frangos vão para as suas instalações individuais após atingirem a maturidade sexual, por volta dos 6 a 7 meses e então os cuidados passam a ser individualizados. Após prendê-los, faça uma vermifugação com piperazina (PROVERM) ou MEBENDAZOL . Não esqueça que espaço é fundamental: êles podem dormir em lugares pequenos mas precisam se exercitar todos os dias como todo atleta, por isso bons passeadores são indispensáveis. Evite o frio e principalmente correntezas de ar que trazem como consequências a CORIZA e a DRC.







TREINAMENTO

Já foi dito que a saúde do galo deve apresentar uma constante desde o seu nascimento até o seu treinamento . Só devemos exercitar aves sadias e vigorosas, amadurecidas, ou seja, após 14 a 18 meses de idade e que estejam confinadas. Por quê ?  Aves combatentes demoram mais para calcificar seus ossos e fortalecer a musculatura, fatores que só advém por completo com a maturidade.
            É difícil explicar o manejo dos galos porque é uma coisa que se aprende mais vendo pessoas mais experientes e, principalmente, com a prática. O que apresento a seguir é bem geral pois existem até aparelhos para exercitar galos e exercícios mais sofisticados, feitos inclusive em tanques com água, mas nosso objetivo é apenas a manutenção da saúde das aves e não o de treiná-los para competições. Apesar de alguns entenderem muito de galos, ninguém sabe TUDO sobre aves e todos nós sempre teremos algo de novo para aprender. É isso que é importante no treinamento de galos e até talvez, para a nossa vida...

Dois fatores são fundamentais: ALIMENTAÇÃO  E  ESPAÇO. Como todo atleta o galo necessita de uma dieta rica porém balanceada. Uma sugestão: Milho quebrado (5 partes) + Aveia (2 partes) + Girassol (1 parte) + Sementes (1 parte) + Verduras e Legumes (1 parte) + Complexo Vitamínico-Mineral.

ESPAÇO: O ideal seria que permanecessem em passeadores o tempo todo, sempre se movimentando. PASSEADORES: 2 mts. X o,80 X o,80 (ideal)

O treinamento manual visa apenas estimular e exercitar aquilo que no galo é natural: BATER AS ASAS,  CORRER, , PULAR .Podemos usar uma mesa que forraremos com espuma de 10cms e revestiremos com um pedaço de carpete.
            1. PULOS: Colocando-se a mão sob o peito da ave, executa-se um movimento de elevação como se fossemos jogar a ave para cima. Ela instintivamente bate as asas e aterrisa na mesa estofada, o que também fortalece os músculos flexores da s coxas. Existem variações na altura conforme evolui o treinamento. Com a prática, usando-se as duas mãos ( sob o peito e sobre a cauda), podemos inclinar a ave para trás durante o pulo, o que a forçará a bater as asas com mais força.
             2. ASAS: Na própria mesa, usando-se a beirada, segura-se a ave pela cauda e inclina-se para baixo. Instintivamente se desencadeia uma seqüência de batidas de asas para retornar ao equilíbrio. Aos poucos vamos notando um aumento da capacidade respiratória, mesmo porque estamos exercitando os maiores músculos das aves que são os peitorais e responsáveis por uma boa parte do consumo de oxigênio.Também podemos construir um cavalete para isso ou um trapézio mas não são todas as aves que se acostumam com eles. Nunca segure muito firme na cauda da ave enquanto ela não estiver acostumada com os exercícios porque eles às vezes se assustam e, para se soltarem, rodopiam no seu próprio eixo e largam o rabo na sua mão...Por isso, muito cuidado no manuseio das aves para evitar a quebra de penas e torções que prejudicam a saúde delas.
             3.CORRER: Alguns usam a própria mesa, segurando a ave pela cauda, fazendo ela executar instintivamente movimentos com as pernas mas o ideal é construir uma mesa giratória ( como um disco de vitrola) onde se pode segurar a ave com mais comodidade para ela com a vantagem de podermos aplicar uma resistência progressiva na rotação do "prato" o que vai aumentando também a força e resistência dos músculos.Vamos ver se conseguimos um desenho ilustrativo para disponibilizar aqui no site.
Após os exercícios alguns criadores ainda aplicam massagens na musculatura dos galos o que é muito bom quando feito de maneira correta, sem traumatizar a pele da ave, aplicando-se após uma loção adstringente que cada um tem uma receita mas é sempre uma alcoolatura de tinguaciba, barbatimão e anjico e que alguns acrescentam seus "ingredientes secretos".(cânfora, salicilato de metila, mentol e outros).

Nos dias de calor, é bom dar banhos nas aves usando-se sabão neutro ou de côco, enxugá-las muito bem e colocá-las ao sol para terminarem de secar. Evitar os dias frios e com ventos. Usar então as "estufas" gaiolas fechadas com lâmpadas para aquecerem e secarrem as penas.

No treinamento com outro parceiro as parelhas devem ser pesadas e medidas e colocados os protetores (BUCHAS  E BIQUEIRAS) dos quais existem vários modelos e preferências, visando o mínimo de dano as aves. O que se deseja é avaliar a força e as condições físicas. Com a observação notaremos se alguma ave apresenta algum problema . Batidas de 10 minutos são ideais pois poderemos avaliar a ave sem comprometer sua integridade física.

TOSA DAS PENAS: Também outro assunto controverso: de uma maneira geral adota-se a tosa das penas e plumas do baixo-ventre, interior das côxas e parte interna das asas que se justificam até para melhor manuseio, higiene e refrigeração. Alguns retiram também as penas laterais do pescoço mas hoje não se justifica mais esse procedimento. São costumes, não técnicas, herdados de outros tempos e outras culturas.

O BOM SENSO: TODO O MANUSEIO AQUI INDICADO É APENAS PARA A MANUTENÇÃO DA FORMA FÍSICA DAS AVES E NÃO UM INCENTIVO PARA O PREPARO DE GALOS DE RINHA.

Lema básico: " AMOR , PACIÊNCIA E MUITA, MUITA OBSERVAÇÃO"



DICAS DE SAÚDE

MEDICAMENTOS ÚTEIS E VITAMÍNICOS:

NÚMERO UM: NÃO ESQUEÇA DE VACINAR AS AVES!!!!!

PRINCIPAIS VACINAS

DOENÇAS DE NEWCASTLE: 1ª DOSE AO NASCER – REPETIR ANUALMENTE

EPITELIOMA (BOUBA AVIARIA): 1ª DOSE AO NASCER – REPETIR ANUALMENTE

DOENÇA DE MAREK: 1ª DOSE AO NASCER – REPETIR ANUALMENTE

POMADAS: FURACIN  OU SULFATIAZINA DE PRATA       INDICAÇÕES: FERIMENTOS EM GERAL

INCHAÇÃO DE JUNTAS: CATAFLAN GEL, CALMINEX, DECADRON OU DECADRONAL INJ.NO LOCAL(CASO GRAVE)

COLÍRIOS: ÁGUA BORICADA(para lavagens), MAXITROL, GARAMICINA(BACTÉRIAS) AZUL DE METILENO (fungos)

VERMÍFUGOS: PROVERM, MEBENDAZOL,PIPEVERMIN

VITAMINAS: CITONEURIN B12: 1 comp/dia ou 1cc no músculo do peito por semana. COMPLEXO B"ROCHE"1 comp/dia.

COMPLEMENTOS: AMINOMIX, HORSEPLUS:acrescentar à alimentação diária. VITAGOLD: 5 gts. no bico p/ dia CALCILAN: 5CC no bico p/ dia.

ANTIBIÓTICOS: QUEMICETINA , TERRAMICINA(corizas, diarréias, cólera, bouba) TILOSINA (TYLAN): santo remédio! Serve para muitas doenças tanto respiratórias como intestinais.

MICOSE DE PELE:(BOUBA BRANCA) DAKTARIN LOÇÃO, NIZORAL (comp.)  TINTURA DE IODO (local)

BOQUEIRAS: VIOLETA DE GENCIANA - HIPOGLÓSS-



IMPORTANTE: VERIFIQUE SEMPRE A DATA DE VALIDADE DOS MEDICAMENTOS!



PROCURE SEMPRE ANOTAR EM UM CADERNO OU FICHA AS DATAS DE VACINAÇÃO E O Nº DAS ANILHAS DAS AVES OU LOTES VACINADOS. PODE SER IMPORTANTE PARA FORNECER ESSAS INFORMAÇÕES NA HORA DE TIRAR UM ATESTADO OU GTA PARA TRANSPORTAR AS AVES






terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Novo Blog

Devido a problemas tecnicos com o antigo Blog http://indiobicocurto.blogspot.com/
Foi criado este para poder estar divulgando fotos e comentários atualizados sobre a Raça de Indio do Bico Curto!